segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Consolo, alegria e descompasso



Coração putrefato,
Três por quatro na traqueia,
Depois: arritmia e o fim!
Chorar suor e suar sangue:
Afinal, quem liga? 
Eis meu consolo e alegria!

Ela enrosca de um lado,
Ele engancha no outro,
Frenesi, ritmo e morte...
Espectadores?
Apenas um cadáver chamado "eu"!
E eis meu consolo e alegria!

Outro aborto descompassado!
Outro roubo de braço erguido!
Justiça extinta, com morte ardida!
Ela saiu com outro que não "eu"!
Mas defuntos são isentos de satisfação!
E eis meu consolo e alegria!

(Lord Andrew Hewitt)

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Doenças (quase) populares



Meninas-mulheres de tempo?
Meus derrames de desalento!
Infartos de espírito são
As desculpas e o eterno "não"!

Receitas de amor não-seguidas, 
E de sangue morto embebidas!
Só, abrem mais as feridas,
Co'as falas de pus evadidas!

Amor tão jovem e doente,
O câncer da alma demente!
Palavras jogadas a abutres,
Enganos de gozo se nutrem...

Poesia-política, amor,
Corrupção e horror!
Arte amada assaltada,
Paixão-livre, porém, sepultada!

E no hospício-Malebolge,
Esperança que me foge!
Encerro aqui tais doenças.
Morto e roído de ofensas!

(Lord Andrew Hewitt)