sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

As fronteiras de uma discussão saudável



Uma discussão só é saudável quando, perante acusações graves, os defensores do suspeito apresentam contra-provas ou contra-argumentos válidos, que possam ser comprovados, de modo a invalidar ou desmantelar as flechadas acusativas. No entanto, o que mais me deparei ao longo desses anos de debate, foram respostas do tipo "você acha que fulano faria melhor?", "noutros tempos isso era muito pior!", ou "mas você viu o que o cicrano e seu partido fez em prol de tal coisa?", etecéteras infindas!  

Quer dizer, desvios, escapes, falácias, estatísticas, tudo para não dar a mão à palmatória de que está errada a forma de pensar. A conformidade e o comodismo é tamanho que esse tipo de indivíduo sequer se dá ao trabalho de analisar a veracidade dos fatos que se expõe e saí defendendo seus recortes. Essas "pessoas" não fazem ideia de que não se defende ou isenta crimes correntes com outros crimes correntes ou do passado (como a ditadura militar).

Para todas as acusações que faço, embasadas na realidade extra-mídia (porque eu pego ônibus, vou ao mercado, abasteço meu carro, vou ao SUS, leciono em escolas públicas e moro no meio do tráfico!), ninguém apresenta contra-argumentos: apenas fugas ideológicas, históricas, ou pior ainda: o silêncio, como se as acusações fossem devaneios ou delírios de um desvairado qualquer, que não sabe ou vive o que diz. A partir daí, pelo menos com a minha pessoa, acaba a conversa e começam as pedradas e xingamentos, porque quem refuta e/ou dissimula crimes comprovados não é digno de respeito, mas representa mais um pulha, cuja única serventia é ser pedra de tropeço ao crescimento deste país!

(Andrew Hewitt)