terça-feira, 23 de abril de 2013
Elegia bipolar
Vida linda, intensa,
Quase tudo me compensa:
O ar, as flores... Seus olores!
Às vezes uma vontade extrema de morrer...
Família, amigos, todos comigo!
Eu respiro e tenho membros,
Vida toda por dentro!
O amor me dá câncer...
Tudo vi e contemplei!
Todas mil, amei!
Tão perto do gol cheguei,
Só que nada conquistei...
Músicas cantei, dancei!
Na vida também!
Amores... Eu... despedaçados...
Ser triste me é um fado...
A beleza, a vitalidade!
As meninas e a maldade!
Como amo o que vejo!
Pena que morri cedo...
Dama-da-noite cubra-me sempre!
O olfato das lembranças!
Belo o tempo da esperança,
Enterrado a sete palmos...
Chamas, limbo e demônios...
Prometeram-me conforto...
Vida, lágrimas vazias...
Morte alegre em elegia!
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