quinta-feira, 10 de julho de 2014

As (des) medidas da violência: apenas uma perspectiva...



Sei que violência gera violência, mas também, em muitos momentos históricos, infelizmente, gerou profundas transformações na sociedade. Vejamos alguns casos marcantes:

1- O Império Romano caiu pelas mãos violentas dos turcos-otomanos;
2- A Revolução Francesa, marco da Idade Contemporânea e da nova sociedade pós-absolutista. Melhor ou pior, o fato é que foi um evento extremamente transformador para os moldes do Mundo Ocidental hoje (agradecer ou condenar? eis a questão...).
3- O tirano czar Nicolau II nas mãos sanguinárias dos bolcheviques;
4- O III Reich alemão, junto ao exército nazi-fascista nas mãos violentas (mas "justiceiras") dos aliados;
5- Aliás, a libertação social e humana pela guerra (e aí, abre-se um leque de exemplos, dentro e fora do Brasil, em todos os momentos históricos). O exemplo mais recente foi a "Primavera Árabe", organizada pelas redes sociais e sem a qual cinco países do Oriente Médio ainda estariam sucumbidos aos seus ditadores se o povo não se levantasse, violentamente, e se impusesse. Garanto que passeatas, com pessoas vestidas de branco pedindo PAZ, JAMAIS resolveriam esse problema no Mundo Árabe.

Houve, certamente, "puschs" que não deram em nada e outros tantos que resultaram na morte de inocentes, sem saldos positivos. Mesmo na Guerra Fria ou no Combate sem armas de Gandhi, o povo se mobilizou, focadamente, para resolver seus conflitos e tentar melhorar seus países e o mundo. Onde quero chegar com isso, afinal? Não existe transformação sem luta! Não se trata câncer com xarope de tosse! No caso do Brasil, não dá mais pra se fazer "protestos" (que eu vou chamar aqui de "procissões religiosas") com caras pintadas, cartazes e nariz de palhaço. Isso não surte efeito algum! Tentar conversar com doenças engravatadas também é uma atitude igualmente burra e inútil, pois eles criaram leis que os protegem de nós, povo!

Solução? Destronar! Tirar do poder, pelo uso da força bruta e da luta armada (já que, comprovadamente, não temos inteligência para a diplomacia), os corruptos condenados, prender sem direito a nada os suspeitos de corrupção e colocar no poder pessoas que entendam as necessidades do povo! E que as penalidades sofridas pelos malditos lhes sirvam de exemplo. Para isso, além das reformas tributária, agrária, política e constitucional, teria de ser feita uma reforma eleitoral! Eu estou falando, exatamente, de, neste aspecto político e social, quebrar e começar tudo de novo, mas sem alterar as conquistas atingidas (que vieram por obrigação de um governo que se diz sério)! 

Para concluir, procissões e romarias massificadas são ineficazes? Sim! Assim como destruir patrimônios públicos e agir com vandalismo também! Agora, o povo se impor e botar medo na alma dos desgraçados por meio de um levante focado e não tão pacifista, mas firme de convicções (e, por que não, um pouco violento), é possível promover transformações radicais em nossa sociedade. Lembro que não é utopia minha, pois isso já foi feito em vários momentos históricos, como vimos no começo do texto. Basta pararmos com o "pão o circo" de futebol, carnaval e Rede Globo e aprendermos a ser patriotas sem ser de quatro em quatro anos. Morar no Brasil, trabalhar aqui e acreditar no poder que tem é uma solução melhor ainda, mas isso dá outro post, com outros debates...

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